O 4o. país mais perigoso para ambientalistas

Diante da barbárie e profundamente consternadas pelo brutal assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, esta entidade de classe vem a público, primeiramente, se solidarizar com os familiares, amigos e colegas das vítimas por essa irreparável perda; denunciar a situação de negligência com a segurança dos servidores públicos e defensores de Direitos Humanos que atuam na região do Alto Solimões (AM) e cobrar justiça pelos crimes ocorridos. É importante ressaltar que o estado conflagrado no Alto Solimões é resultado também do enfraquecimento proposital e sistemático que os órgãos de proteção e controle ambiental vêm sofrendo ao longo dos últimos anos. Temos colegas de nossa instituição, especialmente os do Centro de Estudos Superiores de Tabatinga (CESTB), que atuam diretamente com trabalhos de pesquisas nessa região junto a comunidades ribeirinhas, populações indígenas e organizações sociais e, sem dúvida, vivem a angústia da desproteção, abandono e temor pelas próprias vidas. Como expressou a jornalista Eliane Brum, em recente artigo:
“Os corpos seguem tombando porque não são mais exceção. Ou nos tornamos irmãos, amigos, familiares de todos que tombam ou estão ameaçados de tombar, independentemente de laços de sangue, de amizade, de raça ou de nacionalidade, ou seguiremos perdendo. E perdendo e perdendo até que sejamos nós a tombar”.
Não aceitaremos a morte como política de Estado. As digitais desse brutal assassinato também são do governo Bolsonaro.
#JustiçaporBrunoeDom
#ForaBolsonaro