Não queremos parabéns no 1º de Maio, queremos emprego, salários dignos e os direitos trabalhistas e previdenciários roubados

Ao longo do dia de hoje, 1º de maio de 2022, em diversos meios de comunicação e nas redes sociais várias pessoas e empresas deram os parabéns aos trabalhadores pelo seu dia, como se os trabalhadores tivessem algo a comemorar. Comemorar o quê?
A flexibilização da legislação trabalhista (Lei 13.467/2017) aprovada no governo golpista de Michel Temer, que contribuiu para acelerar de forma significativa a precarização do trabalho, com a implantação legal do trabalho intermitente, da terceirização e da prevalência do negociado sobre o legislado? Ou a reforma da previdência aprovada (Emenda Constitucional n. 103 de 13/11/2019) no (des)governo de Jair Bolsonaro, que praticamente tirou dos trabalhadores a possibilidade de uma aposentadoria digna?
Ou ainda, para além dessa retirada de direitos trabalhistas e previdenciários, comemorar a diminuição ou o fim de programas sociais voltados aos trabalhadores (Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Farmácia Popular, etc.) ou o término do reajuste real do salário mínimo?
Festejar o quê? Os altos índices de desemprego que assolam o país? O aumento do custo de vida, com os preços exorbitantes da carne, do frango, do peixe, do feijão… Do gás e dos combustíveis? A concentração de renda, enquanto que a miséria e a fome batem à porta do trabalhador?
Não há o que celebrar, mas sim muito a lutar! De 2016 (ano do golpe) para cá o trabalhador já percebeu e sentiu na pele que as coisas só ficaram mais difíceis. Temer-Bolsonaro, juntamente com os partidos de suas bases no Congresso Nacional, jamais representaram (ou representam) os interesses dos trabalhadores. Só resta a luta!
E, nessa esteira, a história pode contribuir sobremaneira para o entendimento do lugar social dos trabalhadores no mundo do capitalismo neoliberal. E nada mais justo, no Dia do Trabalhador, falar em síntese dessa data histórica.
O 1º de Maio apareceu como um dia de protesto contra as péssimas condições laborais e salariais que afetavam diretamente a saúde e a vida cotidiana dos trabalhadores do mundo, imersos na “era do capital”. Contra as adversidades que os afligiam, trataram de se organizar, mobilizar e lutar por dias melhores.
Sendo assim, no dia 1º de Maio de 1886, parcela considerável de trabalhadores foi às ruas de Chicago (E.U.A.) com o intuito de protestar contra a exploração do trabalho, especialmente sobre as extensas jornadas de trabalho, que eram de 14 a 16 horas diárias. O 1º de Maio se tornou um dia/momento de luta pela jornada de 8 horas de trabalho.
Essa ação dos trabalhadores estadunidenses incomodou de tal modo às elites empresariais e políticas da época que não hesitaram em reprimir de forma contundente aqueles que participaram do movimento, o que ocasionou prisões, pessoas feridas e mortes nos confrontos ocorridos entre os operários e a polícia.
O 1º de Maio apareceu como um dia de protesto contra as péssimas condições laborais e salariais que afetavam diretamente a saúde e a vida cotidiana dos trabalhadores do mundo, imersos na “era do capital”. Contra as adversidades que os afligiam, trataram de se organizar, mobilizar e lutar por dias melhores.
Sendo assim, no dia 1º de Maio de 1886, parcela considerável de trabalhadores foi às ruas de Chicago (E.U.A.) com o intuito de protestar contra a exploração do trabalho, especialmente sobre as extensas jornadas de trabalho, que eram de 14 a 16 horas diárias. O 1º de Maio se tornou um dia/momento de luta pela jornada de 8 horas de trabalho.
Essa ação dos trabalhadores estadunidenses incomodou de tal modo às elites empresariais e políticas da época que não hesitaram em reprimir de forma contundente aqueles que participaram do movimento, o que ocasionou prisões, pessoas feridas e mortes nos confrontos ocorridos entre os operários e a polícia.
Luciano Teles – Professor adjunto de História do Brasil e da Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e autor de artigos e livros sobre a história da imprensa operária e do movimento de trabalhadores no Amazonas.