Sind-UEA lança vídeo sobre balanço da filiação do Andes à CSP-Conlutas

Sind-UEA lança vídeo sobre balanço da filiação do Andes à CSP-Conlutas

Durante o 14º Conad Extraordinário do Andes-SN, evento realizado em Brasília (DF) com a presença do Sind-UEA, delegadas e delegados discutiram e aprovaram um indicativo de desfiliação do Andes-SN da CSP-Conlutas. O encaminhamento será levado ao 41º Congresso do Andes, em fevereiro, no Acre. Para compartilhar a discussão e o balanço de atual da Central Sindical, o Sind-UEA lançou um vídeo com opiniões divergentes sobre o tema. As diferentes visões sobre a permanência (ou não) da filiação do Andes à Central se entrelaçam à política nacional dos últimos anos. A coordenadora estadual da CSP-Conlutas Amazonas, Juliana Rebouças, concentra as críticas à Central Única dos Trabalhadores (CUT), entidade representativa nacional a que o Andes poderia vir a se filiar.
“A postura colaboracionista e governista da CUT, particularmente no início do governo Lula, em 2003, que se evidenciou na sua visão acrítica às contrarreformas, em especial a da Previdência, colocou o Andes como uma das organizações protagonistas na criação da então Coordenação Nacional de Lutas, a Conlutas, o embrião da nova Central Sindical e Popular”, defende ela.
Juliana destaca ainda o que chama de ‘limitação’ das centrais sindicais ‘tradicionais’ como instrumentos de luta. “Alternativamente, a CSP-Conlutas é o único instrumento que segue agregando trabalhadoras, trabalhadores, sindicalizados, sindicalizadas e que não parou no tempo. No bojo da nossa central, que acertadamente o Andes ajudou a criar, existem os setoriais que expressam essa diferença qualitativa. Existem, hoje, os setoriais do campo, povos indígenas e tradicionais, cultura, educação, internacional, LGBTQIA+, negros e negras [e outros]”.
Por outro lado, a professora Erika Suruagy, vice-presidenta da Adufepe, ressalta que a base sindical em Pernambuco já tem uma posição contrária à permanência do Andes à CSP-Conlutas há anos. “Em 2017, fizemos um trabalho de criação de comissões na base de docentes, estudantes, técnicos, em defesa da democracia, contra o golpe de 2016. Infelizmente, naquele momento, essa Central Sindical se aliou aos golpistas, defendendo o Fora Dilma, Fora Todos”, pontua.
Segundo ela, o posicionamento da CSP-Conlutas na ocasião faz parte de todos os prejuízos a trabalhadoras e trabalhadores nos anos seguintes. “Como consequência desse golpe, temos a perseguição ao atual e ex-presidente Lula, com a utilização clara do judiciário para interesses políticos e essa central sindical ficou omissa, calada, enquanto nós estávamos defendendo o Lula Livre e ela, na trincheira oposta, defendia o Lula Preso”.
Assista ao vídeo completo abaixo:
https://youtu.be/ExJQfUyEexk

admin_sindueax

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