Delegação do Sind-UEA participa de 40º congresso do ANDES; veja destaques

O Sind-UEA esteve presente no 40º Congresso do Andes Nacional, ocorrido entre os dias 27 e 31 de março, em Porto Alegre (RS). O evento, que acontece todos os anos, faz parte da organização e unificação das trabalhadoras e trabalhadores de educação do ensino superior do país.
Dentre os principais destaques estão a aprovação de resoluções de Formação Sindical, Comunicação e Arte, e Ciência & Tecnologia. Essas orientações irão guiar a luta da categoria neste ano de 2022.
Além disso, houve a aprovação de eventos que contribuem para o fortalecimento da base, como o Seminário Nacional “Comunicação Sindical e Mídias Digitais”, em formato online no mês de maio deste ano, e o VII Encontro de Comunicação e Arte, presencial, em 2023.
Por fim, foi aprovada a realização do 41º Congresso do Andes para o ano que vem. O evento acontecerá pela primeira vez em Rio Branco (AC), na Universidade Federal do Acre (Ufac).
A delegação do Sind-UEA que esteve presente nesses momentos prepara uma Assembleia de Socialização das informações discutidas no Congresso. É o que explica a professora e delegada do sindicato no evento, Rita de Cássia.
“Foram dias intensos, de muito trabalho, e vamos levar essa experiência, além das questões formativas, para o restante da nossa base do Sind-UEA. A intenção é, assim que chegarmos no Amazonas, prepararmos essa assembleia e passarmos também orientações do Sindicato Nacional”, afirma a professora.
Fora Bolsonaro
Outro ponto de grande relevância durante o congresso é a missão de expurgar o Bolsonaro e o bolsonarismo do poder. A secretária de Comunicação do Sind-UEA, Ceane Simões destacou a necessidade de aderir ao Fora Bolsonaro até como uma maneira de proteger as universidades, mas especialmente a Educação e a Democracia.
“Essa é a pauta de maior envergadura do congresso. É derrotar Bolsonaro nas urnas e nas ruas. E o direcionamento tem sido dessa forma. Não podemos esperar as eleições para isso ocorrer. É preciso que haja desde já uma mobilização das trabalhadoras e dos trabalhadores da educação”, ressalta a sindicalista.
Além disso, ganhou importância durante as discussões no Andes a necessidade do retorno às aulas presenciais. Segundo Ceane Simões, essa volta às instituições tem também um aspecto político.
“Precisamos ocupar esses espaços, em especial por conta de um recuo que tem havido em políticas públicas de educação. Além disso, o ensino remoto acabou gerando falta de inclusão. Uma exclusão digital muito grande”, comenta a professora.
Luta
O Congresso do Andes reuniu 445 delegadas e delegados de 89 seções sindicais. Divididos em grupos mistos e em plenárias, estes sindicalistas definiram planos de luta de universidades federais, estaduais e municipais.
“Este plano de lutas coloca como bandeiras principais a recomposição salarial, a luta pela carreira docente, melhores condições de trabalho e contra as parcerias público-privadas avançando na discussão histórica que o ANDES faz em defesa da Universidade pública, popular e socialmente referenciada”, explica a secretária de Formação Sindical do Sind-UEA, a professora Mônica Xavier.
Após o encerramento do congresso, no dia 1 de abril a delegação do sindicato participou ainda de um ato em Porto Alegre pela reposição salarial e valorização dos servidores federais do país.