Delegação do Sind-UEA no 65° Conad fala sobre experiências no evento

No último final de semana, entre 15 e 17 de julho, o Andes-SN realizou a 65ª edição do Conad em Vitória da Conquista (BA). Considerado um dos principais eventos do país para discutir a educação, o encontro contou com a presença da delegação do Sind-UEA, composta pela secretária de Comunicação Ceane Simões e pelo professor Leonardo Peixoto (CESTB), da base do Sind-UEA. Durante os três dias, os presentes aprovaram planos de mobilização, eventos e as bandeiras de lutas fundamentais do sindicato nacional, dentre outras deliberações.No encerramento do Conad, a secretária-geral do Andes, Regina Ávila, leu a Carta de Vitória da Conquista, documento político que resume os debates do 65º Conad do ANDES-SN. “Foram três dias de intensos debates em plenárias e grupos mistos, como preza nosso histórico método de deliberar as ações do sindicato pela base”, pontuou.
Segundo o documento, durante o evento as delegadas e delegados atualizaram a análise de conjuntura e o Plano Geral de Lutas, reafirmando o compromisso do ANDES-SN em defesa da Educação Pública, Gratuita, Laica e Socialmente referenciada.
Na análise de conjuntura que segue na carta, em âmbito nacional, destacou-se a violência política, os ataques à Educação e aos direitos sociais e trabalhistas. Além disso, se reafirmou a necessidade de construção da unidade na luta para enfrentar o bolsonarismo nas ruas e nas urnas.
Para a secretária Ceane Simões, o encontro foi essencial para dar continuidade ao trabalho desenvolvido durante o 40° Congresso do Andes, ocorrido em abril deste ano, em Porto Alegre (RS). As e os docentes do Ensino Superior puderam alinhar as pautas e determinar objetivos específicos no fronte das lutas.
“Deliberamos sobre o tema principal desse Conad, que é a defesa do ensino presencial contra um processo de plataformização que ganhou muita força durante a pandemia e que já está sendo imposto. Portanto, nossa luta é para reverter esse cenário. Trabalhamos no Conad as políticas dessa entidade e o conjunto de ações que deverão ser executadas para fazer frente a essas mudanças de hibridização do ensino, em contraposição à alteração dos currículos nas universidades, trazendo 40% de ensino à distância, sob um contexto deletério de desfinanciamento da educação e de autoritarismos”, comentou ela.
Para ampliar a discussão sobre o tema, será realizado o VII Seminário Estado e Educação, ainda no segundo semestre deste ano, tendo como eixos norteadores o Ensino Emergencial Remoto (ERE), ensino híbrido e militarização da educação e defesa de cotas.
O professor Leonardo Peixoto, do CESTB-UEA, ressaltou a importância da presença do Sind-UEA no Conselho. Segundo ele, é importante agora que os esforços sejam concentrados na mobilização da base para dar continuidade aos planos de luta votados nacionalmente.
“É muito importante que o Sind-UEA continue a participar dos Congressos e Conselhos do ANDES-SN. Eu destaco a transparência com que as questões referentes ao ANDES são abordadas. Desde as bandeiras de lutas que serão defendidas às contas, tudo é discutido e publicizado. Saio desse conselho com a certeza de que temos que fortalecer a nossa seção sindical, que temos que fazer nosso “dever de casa”, disse o docente.
Ele coaduna ainda com a realização de um congresso local para mobilizar a categoria e discutir as bandeiras de luta e as contas do sindicato. “Chamar a diretoria do ANDES-SN para participar e irmos nos articulando, dando continuidade nas lutas”, pontuou.
Atualmente a Seção Sindical dos Docentes da Universidade do Estado do Amazonas está em plena campanha para mobilização da categoria com as Caravanas Sind-UEA. Esse trabalho está sendo realizado através de visitas às Unidades Acadêmicas da UEA, na capital e no interior, por meio da campanha “UEA: Quem Conhece, Defende!”, organizada pelo GT de Mobilização do sindicato.
Outras discussões
No Plano Geral de Lutas votado no 65° Conad, as e os delegados destacaram “os imensos desafios em organizar a reação contra a privatização da Educação, os cortes orçamentários, o reuni digital, o retorno presencial sem as condições sanitárias e de ensino e aprendizado adequadas, e a defesa da liberdade de cátedra”. É o que consta no documento.
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