Após reeleição de Wilson, Sind-UEA manterá oposição com expectativa de diálogo

Após reeleição de Wilson, Sind-UEA manterá oposição com expectativa de diálogo

Com a reeleição do governador Wilson Lima em outubro, o Sind-UEA informa que seguirá atuando em oposição democrática à gestão estadual, sempre com abertura para um início de diálogo. É o que reitera a presidenta do sindicato, Márcia Medina.“O nosso posicionamento contrário ao Wilson Lima foi aprovado ainda no ano passado, em Assembleia com a base. Essa decisão foi tomada pela recusa do governador em conversar com os sindicatos da educação, não apenas com o nosso”, comenta.
A presidenta lembra ainda que o governador não efetuou o pagamento de uma série de direitos garantidos aos docentes, como a data-base e os retroativos.
“Apesar disso, estaremos sempre abertos à negociação, pois gostaríamos muito de ter um verdadeiro democrata, estadista na gestão do governo”, diz ela.
Márcia lembra ainda que o papel institucional do Sind-UEA é a luta pelos direitos garantidos aos professores. Nesse ponto, a secretária de Formação Sindical, Mônica Xavier, ressalta a importância de manter a mobilização.
“Se não for a força da nossa luta, da nossa mobilização, vamos viver mais quatro anos com um déficit no nosso salário e de falta de investimento na UEA, agravando ainda mais o sucateamento”, afirma ela.
Mônica lembra ainda do modus operandi ‘bolsonarista’ do governador, ressaltando que “ele tem se caracterizado como um político que não dialoga com os profissionais da educação”.
Vale lembrar que o Sind-UEA tentou um encontro com Wilson Lima para apresentar as pautas da categoria, mas nunca houve abertura, ainda que o sindicato tenha se colocado à disposição para uma agenda mais conveniente à gestão estadual. Em dezembro passado, o sindicato foi recebido por um dos assessores do governador, que garantiu um novo encontro em fevereiro deste ano, o que nunca aconteceu.
A secretária de Comunicação, Ceane Simões, destaca que a posição de ‘diálogo zero’ do governo não pode se repetir por mais quatro anos.
“Precisamos organizar a nossa base e agir exigindo que o governo pague o que nos deve. Não podemos mais aceitar o calote de Lima e a sua falta de vontade política com respeito aos professores e professoras do estado”, pontua.
Nesse processo, Ceane acredita que o sindicato tem papel fundamental para liderar um processo de organização em favor das reivindicações de docentes. “A ausência de diálogo e de abertura para negociação marcou o primeiro mandato de Lima e é inaceitável que permaneça dessa maneira. O Sind-UEA, portanto, precisa estar vigilante em relação a isso nos próximos anos”, comenta a professora.

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