Sind-UEA integra discussão sobre plano nacional de lutas no 41º Congresso do Andes

Com participação ativa no 41º Congresso do Andes-SN, o Sind-UEA tem integrado as discussões a respeito do plano de lutas de servidores federais, estaduais e municipais. Nesta terça-feira (7), a delegação do sindicato ficou concentrada nos Grupos Mistos formados para ampliar o debate e analisar propostas. O Congresso iniciou na segunda-feira e encerra na sexta (10). Representante do Sind-UEA no evento, a secretária de Comunicação Ceane Simões destaca o intenso trabalho de discussão, criação e análise de propostas para a luta dos próximos anos. Além da busca por reajuste salarial, uma demanda essencial a servidores de todas as esferas, está na pauta a necessidade de ‘revogaço’ de reformas que prejudicaram trabalhadoras e trabalhadores.
“Nos primeiros dias do Congresso, o foco foi no plano de luta geral e no plano de luta dos setores. No nosso grupo, discutimos a necessidade de reposição salarial de servidores federais e a revogação das reformas aprovadas desde o governo Temer, mas, sobretudo, intensificadas durante o descalabro que foi o governo Bolsonaro”, afirma Ceane.
Vale lembrar que o 41º Congresso do Andes é a instância máxima para deliberações da categoria docente. A edição deste ano ganha um contexto ainda mais especial, pois acontece em meio ao início da nova gestão do governo federal, permitindo a busca por aproximação da categoria com o poder público, visando a defesa das pautas docentes.
Além da recomposição salarial e antirreformas, o Congresso também trata da necessidade de estruturação de carreiras, da recomposição orçamentária das instituições, do adoecimento de professores em trabalho e das discussões sobre o ensino remoto, ampliado na pandemia.
Representante da base do Sind-UEA no evento, a professora Eglê Wanzeler vê o 41º Congresso do Andes como um momento histórico. Ela traça um paralelo entre as gestões desastrosas do ex-presidente golpista, Michel Temer, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e a expectativa com a gestão Lula.
“Esse evento marca a mudança de um governo que nunca quis dialogar com os professores. Muito pelo contrário, que fez política de destruição dos nossos direitos, não só enquanto classe, mas como seres humanos. Sentimos esperança, porque, a partir do momento em que elegemos um governo que tem como premissa recuperar a democracia, certamente, as lutas de trabalhadores serão respeitadas”, pontuou.
O diálogo com o novo governo está sendo estabelecido em meio à realização do 41º Congresso. Na manhã desta quarta-feira, o Andes-SN participou da reinstalação da Mesa de Negociação com o governo federal, em Brasília (DF). O encontro contou com a presença de ministros de Estado. A classe docente foi representada pela presidenta do Andes-SN, Rivânia Moura.