Sind-UEA integra ato em defesa da Zona Franca e da Universidade do Estado do Amazonas

Na manhã desta terça-feira (3) a sede do Governo do Amazonas foi palco de um ato que marcou a união das entidades estudantis e docentes do estado em defesa da Zona Franca de Manaus e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Durante o protesto, os manifestantes ergueram uma faixa que tomou toda a avenida Brasil, no bairro da Compensa, e distribuíram panfletos sobre os ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Polo Industrial.Mesmo com a chuva fraca que caiu no início do ato, as atividades seguiram com força. Um carro de som foi utilizado para ecoar mensagens no entorno da avenida e dentro do Palácio do Governo. O governador Wilson Lima foi cobrado a todo momento para ter uma posição mais incisiva com o governo federal, sem a subserviência que tem lhe guiado até aqui.
A faixa erguida pelas entidades trazia frases como “UEA ameaçada”, “Educação não é mercadoria” e “Chega de calote”. Ao tomar a avenida, os motoristas com a passagem interrompida por alguns segundos ressoavam o som das buzinas. “Hoje vocês buzinam, mas estão aí [nos seus carros]. E onde estarão se tudo isso for perdido [a Zona Franca]?”, alertou a presidente do Sind-UEA, Márcia Medina, de cima do carro de som.
O presidente do Diretório Central dos Estudantes da UEA (DCE-UEA), João Paulo Queiroz, também esteve no ato. Ele destacou os riscos do decreto presidencial na Zona Franca e consequentemente no ensino da universidade e na vida dos alunos.
“Como um efeito dominó, esse decreto que prejudica a Zona Franca vai atingir a UEA, universidade essa que atinge mais de 14 mil alunos do nosso Amazonas, seja na capital ou nos interiores. Nós não podemos nos calar diante do decreto que está tentando esvaziar a Zona Franca. Esse foi apenas um dos atos, mas pretendemos realizar novos”, disse o ativista.
Pagamento de atrasados
O Sind-UEA aproveitou o ato para lembrar do congelamento salarial que atinge as docentes e os docentes há sete anos e o não pagamento dos retroativos, ainda que haja dinheiro em caixa. O governador Wilson Lima negou os pedidos de diálogo do sindicato e segue até o momento em dívida com a categoria, que já acumula mais de 40% de perdas salariais, segundo estudo solicitado pelo sindicato ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
União
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), Ana Cristina, lembrou que os decretos federais afetam também os trabalhadores do setor. “Isso tudo vai resultar no povo do Amazonas sem trabalho. Seremos os mais prejudicados com essa redução do IPI e somos totalmente contra. Queremos que o Supremo Tribunal Federal tenha a sensibilidade ao julgar, pois fará com que o Amazonas tenha esperança de novo”, comentou ela.
As entidades que integraram o ato já falam em novos protestos para continuar a pressão sobre o governo do Amazonas. Participaram da ação desta terça-feira o Sindicato dos Docentes da UEA (Sind-UEA; o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam); o Diretório Central dos Estudantes da UEA (DCE-UEA); a Associação dos Docentes da Ufam (Adua); a Associação dos servidores da UEA (Assua); e o Diretório Acadêmico da Escola Superior de Artes e Turismo da UEA (Esat).
- Sind-UEA integra ato em defesa da Zona Franca e da Universidade do Estado do Amazonas
- Sind-UEA integra ato em defesa da Zona Franca e da Universidade do Estado do Amazonas
- Sind-UEA integra ato em defesa da Zona Franca e da Universidade do Estado do Amazonas