Docentes e estudantes da UEA vão às ruas do Amazonas pela democracia

Professores e estudantes da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) tomaram as ruas de Manaus, Tefé e Parintins nesta quinta-feira (11) para pedir por eleições livres e pela defesa da democracia. A data, que também é o Dia do Estudante, foi palco de reivindicações de alunas e alunos de todo o Brasil por melhores condições de ensino e pela garantia dos direitos. A mobilização aconteceu em mais de 50 cidades pelo Brasil, segundo o Andes-SN.Nos quatro atos, docentes leram a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, organizada por professores da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). O manifesto ecoou na Escola Normal Superior (ENS-UEA), na Praça da Saudade (Centro de Manaus) e nos Centros de Estudos Superiores de Tefé (CEST) e Parintins (CESP).
“Foi um ato bastante movimentado, muitas falas de várias entidades e com foco na luta estudantil. A gente veio nessa retaguarda, porque a vanguarda é dessa categoria, sobretudo nessa mobilização. Fizemos também a leitura da carta às brasileiras e aos brasileiros como um ato simbólico e político”, comenta a secretária de Comunicação do Sind-UEA, Ceane Simões, que participou do ato na ENS/UEA e no Centro de Manaus.
Já em Tefé (AM), a professora Rita de Cássia Machado, filiada e membra do GT de Mobilização do Sind-UEA, esteve junto com os estudantes para exigir a volta do restaurante universitário. A campanha “Com fome não se aprende” teve forte adesão dos alunos e não se encerra até que a reitoria garanta o retorno do RU.
“A manhã de hoje foi marcada por um espírito cívico de estudantes e do corpo docente que participou do ato. Nesse dia 11 de agosto, que é dia nacional de luta pelos direitos, foi tudo muito simbólico. Lemos a carta em defesa da democracia e os estudantes colocaram as faixas para reivindicar o retorno do restaurante. Reunimos coragem, esperança e a força para defender a universidade como um espaço plural e democrático”, pontua Rita.
Em Parintins (AM), alunas e alunos tomaram as ruas ao lado de docentes para defender a democracia e exigir o ‘Fora Bolsonaro’. A defesa da Zona Franca de Manaus também foi enfatizada como uma reação aos cortes de IPI que o governo federal tem realizado desde fevereiro, prejudicando os empregos e investimentos em saúde e educação no Amazonas.
“Esse ato foi um dos primeiros desde o início da pandemia e uniu três institutos diferentes, o IFAM, a UFAM e a UEA. Houve forte mobilização em defesa da democracia e por eleições livres, e também de defesa da Zona Franca de Manaus. O ato aconteceu em frente à Ufam e teve muita adesão da comunidade acadêmica, o que serviu também para reestruturar o movimento estudantil no município”, comenta o estudante da UEA e um dos organizadores do protesto, Israel Tavares.
Integraram os movimentos deste 11 de agosto o Diretório Central de Estudantes da UEA (DCE-UEA), a associação de Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Amazonas (Sintesam), a União Estadual dos Estudantes (UEE), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e outras organizações da sociedade civil.