“Primeiro passo é o diagnóstico”, diz novo reitor em entrevista exclusiva

No dia 23 de março a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) votou e escolheu os professores André Zogahib e Kátia Couceiro para gerir a instituição pelos próximos quatro anos. O resultado foi confirmado no dia 31.
Para esta edição do informativo, entrevistamos os novos gestores da UEA para entender quais os primeiros passos a serem tomados neste mês de abril, quando assumem os postos.
O reitor André Zogahib destacou a necessidade de fazer um diagnóstico a respeito das prioridades, mas garantiu já estar atento às reivindicações dos servidores, como a data-base e os pagamentos retroativos.
Por sua vez, a professora Kátia Couceiro pontuou o desejo de tornar a UEA não apenas a maior universidade multi campi do país, mas também a melhor. A entrevista completa a seguir.

Quais os primeiros passos dessa nova gestão à frente da UEA?
André: os primeiros passos serão fazer um diagnóstico da situação. Vamos trabalhar verificando quais os principais gargalos e quais serão as nossas prioridades de ação e apresentar isso a comunidade de forma muito transparente.

Como vice-reitora, quais serão suas prioridades nesse primeiro momento?
Kátia: Iniciamos ontem a fase de transição do nosso mandato juntamente com a gestão anterior. Acredito que os primeiros passos são justamente junto com a nossa equipe avaliar, tecnicamente falando, a prioridade máxima de cada escola, núcleo ou polo da UEA. A partir dessa análise, atuar diretamente nesse ponto específico.

Ser reitor da UEA já era um desejo seu de antes?
André: durante a nossa vida acadêmica, às vezes a gente se imagina sim, no cargo, mas isso nunca foi um sonho de consumo e ultimamente, antes de eu ser candidato, inclusive, era algo bem distante.

A senhora, como mulher, representa todas as docentes, alunas e técnicas da Instituição. Como sua atuação de vice-reitora poderá contribuir para a valorização e o respeito às mulheres que são parte dessa universidade?
Kátia: ter uma vice-reitora mulher mostrou como o professor André Zogahib se preocupa com a valorização e a capacidade das mulheres na gestão. Sei que minha presença na reitoria trará mais liberdade e sensibilidade às discussões dos problemas e vou fazer muita questão de estar presente nas decisões, valorizando e individualizando cada situação. Em resumo, pondo em prática o respeito que tanto pregamos em nossa campanha.
Imagino que o senhor saiba quais as atuais reivindicações dos docentes, até mesmo pelo que é levantado pelo Sind-UEA. No geral: data-base, auxílio-conectividade e reposição salarial. Pelo seu lado, tem pretensão de aproximar a reitoria do sindicato? Se sim, como?
André: nós vamos trabalhar de maneira, se assim o sindicato desejar, de maneira bem aproximada, sempre vislumbrando as reivindicações para a melhoria da qualidade de trabalho dos docentes, verificando a questão da data-base, dos retroativos, sempre de forma bem articulada, para que a gente possa sempre atender aos anseios da nossa comunidade.
Que momento considera o mais difícil da campanha eleitoral?
Kátia: o tempo de campanha é muito curto e acho que foi muito difícil apresentar todas as nossas propostas e principalmente mostrar um pouco do nosso trabalho, da nossa experiência. Enfim, difícil conhecer, acreditar e confiar em alguém em tão pouco tempo.
O senhor foi parabenizado pelo governador Wilson Lima a respeito da vitória? Como deve ser sua relação, enquanto gestor, com o governo estadual?
André: nós temos que fazer sempre uma boa articulação institucional com todos os poderes, com os órgãos auxiliares, para que nós tenhamos condições de colocar a UEA sempre em destaque. Então, temos que avançar sempre articulando de maneira eficiente, efetiva das nossas demandas para que tenhamos êxito dos nossos pleitos, sempre destacando autonomia da nossa universidade e o papel que ela tem na sociedade.
Como quer ser lembrada ao final do mandato? Ou seja, que legado pretende deixar?
Kátia: o legado é entregar a UEA após esse próximos quatro anos muito mais estruturada, com professores qualificados. É ouvir dos estudantes, dos professores e dos técnicos que eles têm muito orgulho de serem UEA, que o mais importante não é ser a maior universidade multi campi do país, mas sim a melhor.
Como o senhor quer ser lembrado pela sua gestão?
André: quero ser lembrado pela gestão que garantiu direitos aos servidores, que garantiu mais qualidade no ensino, na pesquisa e extensão, mas, sobretudo, quero ser lembrado pelo professor que fez uma boa gestão à frente da instituição.